Tanta labuta
Em que a terra se permuta
Em que o corpo escuta
Às vezes sai palavra bruta
Mas logo a mão afaga
a dor na ilharga
E outrem que passa diz
em chalaça
- Já massa, já massa
Chalaça que não embaraça
Porque Rosália tem graça
Mesmo quando canta
- Homem ,você está gasto!
- Gasto? "Doio-me de dor ferida
que antes tinha a vida inteira
e hoje tenho meia vida"
- Mas, gasto, gasto!
Não! Rosália (de Castro).
Armando de Villanova
Poema em homenagem aos homens e mulheres desta comunidade que com esforço, sabedoria e amor à terra apanham a azeitona e transformam em ouro líquido. que saibamos preservar esse legado que souberam trazer até nós porque é um acto de cultura.